terça-feira, 15 de março de 2011

CONFLITOS NA EUROPA : CÁUCASO



Cáucaso: Uma região da Europa oriental e da Ásia ocidental, entre o mar Negro e o mar Cáspio, que inclui a cordilheira do mesmo nome e as planícies adjacentes. Aquela região marca uma das fronteiras entre a Europa e a Ásia, fazendo com que alguns de seus países sejam considerados transcontinentais, como a Turquia, cujos territórios dividem-se em uma porção geograficamente européia e outra asiática.

História: Explorado pelos navegadores gregos de Mileto, no século VIII a.C., o litoral do mar Negro é repleto de várias colônias. No Cáucaso misturam-se influências persas, partas e romanas. Ponto de contato entre as civilizações bizantina e árabe durante a Idade Média, o Cáucaso caiu sob administração dos turcos seljúcidas no século XI, e, no século XIII, sofreu as invasões mongóis. Entre o século XI e o meio do século XIII, uma brilhante civilização prosperou nos reinos da Armênia e da Geórgia. Após a tomada de Constantinopla em 1453, a região ficou isolada do mundo cristão e passou ao controle otomano no século XVI. A penetração russa no Cáucaso começou na mesma época, mas a russificação tornou-se efetiva somente no final do século XVIII; após a anexação da Geórgia (1801), a guerra contra a Pérsia e o Império Otomano (18051829) permite aos russos a conquista da região de Erevan. A dura resistência das tribos das montanhas teve fim somente com a rendição, em 1859, do chefe muçulmano Chamyl. Os territórios caucasianos, onde haviam sido criadas em 1917 as repúblicas socialistas da Geórgia, da Armênia e do Azerbaijão, foram, de julho de 1942 a janeiro de 1943, o teatro de uma vasta ofensiva alemã, cujo objetivo era o controle dos campos petrolíferos de Baku. Do fim da Segunda Guerra Mundial ao desmantelamento da União Soviética (URSS), os países do Cáucaso seguiram a história da URSS.


Conflitos : Os Conflitos no Cáucaso são uma série de guerras civis, conflitos separatistas e/ou conflitos étnicos, e até mesmo conflitos entre nações, que ocorrem na região do Cáucaso desde o desaparecimento da URSS ao fim da Guerra Fria. Grande parte do traçado das fronteiras existentes na região do Cáucaso é arbitrário e artificial e foi em grande parte estabelecido entre 1922 e 1936 pelo ditador soviético Josef Stalin, governadas com a mão-de-ferro pela URSS, essas repúblicas só teriam problemas étnicos e religiosos aflorados após a desintegração da antiga potência comunista, que permitiu a independência de três novos Estados e que atualmente fazem parte da CEI (Comunidade de Estados Independentes): Armênia, Geórgia e Azerbaijão na porção sul do Cáucaso, na área denominada Transcaucásia. Enquanto que na porção norte do Cáucaso, denominada de Ciscaucasia encontram-se 8 repúblicas e regiões autônomas que permaneceram no seio Federação Russa. As três novas repúblicas são confrontadas a graves dificuldades econômicas e são vítimas de múltiplos conflitos: a Armênia e o Azerbaijão disputam o controle de Nagorno Karabakh, região do Azerbaijão, mas habitado majoritariamente por armênios, reclamada e ocupada pela Armênia em total desrespeito aos tratados por ela assinados, enquanto que a Geórgia enfrenta o separatismo na Abkházia e na Ossétia do Sul. Além disso, no território da Federação Russa, um conflito as repúblicas da Chechênia, Daguestão e Inguchétia almejam a independência. Os conflitos são de interesse global, uma vez que a região é um ponto estratégico devido aos oleodutos que atravessam o Cáucaso, ligando as reservas de petróleo e gás no Azerbaijão e Cazaquistão a Moscou e aos portos da Europa, que se tornaram assuntos estratégicos.
 


Principais conflitos

Armênia vs. Azerbaidjão: a disputa por Nagorno Karabakh


A região de Nagorno Karabakh é foco de conflito entre Armênia e Azerbaijão por sua natureza peculiar. Embora esteja enclavado em pleno território azerbaijano, um país majoritariamente muçulmano, quase 80% de sua população é armênia e cristã.
Desde o início do século XX tenta-se uma solução para o status político de Nagorno Karabakh. Em 1921, a região é entregue à Armênia por um conselho regional do Cáucaso. Mas, logo após o acerto, as duas nações são incorporadas pela URSS e Nagorno Karabakh é cedido ao Azerbaijão como uma república autônoma. Em 1988, aproveitando à abertura política soviética, a Armênia passa a reivindicar o território, o que inicia uma guerra entre as duas repúblicas, que intensifica-se com a saída do exército soviético de Nagorno Karabakh, após o fim da URSS (1991). O Azerbaijão bombardeia o enclave até 1992, quando a Armênia conquista Nagorno Karabakh, e uma extensa área ao redor, criando assim um "corredor" de ligação com a região (Corredor de Latchine). A continuidade dos combates provoca o colapso econômico dos dois países. Em maio de 1994, é assinado um cessar fogo.
As negociações bilaterais sobre o destino da região não avançam nos anos seguintes. O presidente armênio, Robert Kocharian, e o azerbaijano, Heidar Aliev, reúnem-se em março de 2001 na França e em maio nos EUA. É discutida a concessão ao enclave do status de república autônoma do Azerbaijão com Constituição e Exército próprio, e o direito a vetar leis azerbaijanas. A Armênia teria de retirar-se da área contigua, ocupada durante a guerra. Nada é decidido, porém, porque Kocharian e Aliev enfrentaram forte resistência interna em seus países.



O pano de fundo deste conflito permanente numa das regiões mais ricas em petróleo é a guerra indireta entre o imperialismo norte-americano e a Rússia em torno do que restou com o fim da União Soviética




Alunos: Daniela Aparecida dos Santos Costa nº03
             Elisson Sanches de Lima nº06
             Mikele Souza Canto nº15
             Silva Letícia Correa Piva nº17
             Valmir Santos Duarte nº18

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